Poema de Ana Fonseca de Oliveira...

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Do lado de cá da vida aguardo, impaciente, 
o que me espera do lado de lá.
É como se eu tivesse Saudades de coisas que nunca vi, 
de Pessoas que nunca conheci mas que eu sei que me esperam, 
com tanta Ansiedade, como eu, 
para darmos aquele abraço 
que se perpetuará para toda a Eternidade.
Não sei que Saudade é esta do que desconheço.
Que força é esta, que às vezes, me impele para escrever 
e ficar à espera de uma resposta, que tarda, 
mas que eu sei que virá.
Escrevo maquinalmente.
Os dedos percorrem, velozes, o teclado. 
Acho que se fechasse os olhos, 
escreveria sem dar erros, 
porque não sou eu quem escreve, 
mas esta força que há em mim 
e que eu sei que me Ama.
Vejo-a à minha frente, de azul vestida, 
com os dedos perfumados de Rosas, 
a cabeça ligeiramente inclinada sobre o que escrevo 
e um breve sorriso nos lábios sem baton.
Depois paro…
Leio o que escrevi e a tal força volta a agarrar-me a mão 
e continua a salpicar-me a folha imaculada, 
com palavras de Saudade e Amor…
É por isso que escrevo.
Porque alguém que me quer muito 
e a quem eu muito quero, me pede, sorrindo, 
que escreva e me segreda ao ouvido que Amar, 
nunca fez mal a ninguém e que saudade é uma palavra 
que se deveria, sempre,escrever com letra GRANDE 
e que sempre estará tatuada no meu Coração.
Volto a sentir o perfume de Rosas, 
volto a ver o azul da sua Alma 
e deixo a página, agora já escrita,
 até que me voltem a dizer, baixinho, 
ao ouvido para nunca deixar de escrever com o Coração.
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